terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Ouvir os chamados do universo e dar voz ao coração



Better Days, música do filme "Comer, rezar e amar".



O que mais importa não é saber que caminho seguir,  mas o que se aprende durante a caminhada.

E parte deste aprendizado é que: Você sempre pode mudar.

Escolher outro caminho.

Traçar uma nova rota nunca antes imaginada.

Isso é liberdade, isso é coragem.



TIRAMISÚ




Ingredientes:

- 3 gemas peneiradas
- 150 g de açúcar
- 700 g de queijo cream cheese
- 3 claras batidas em ponto de neve
- 300 ml de café forte sem açúcar
- 1/3 xícara (chá) de rum
- 50 biscoitos tipo champagne
- cacau em pó para polvilhar



Modo de fazer:

Numa batedeira, bata as gemas com o açúcar até obter um creme esbranquiçado. Acrescente o queijo crema cheese e bata. Desligue a batedeira e, como auxílio de um pão-duro, incorpore levemente (no creme) as claras em neve. Reserve.

Num recipiente raso, misture o café com o rum. Molhe os biscoitos tipo champagne, um por um, nesta mistura.



Montagem:

Numa fôrma retangular (22cm x 35 cm) faça uma camada com os biscoitos embebidos no café. Cubra com uma camada do creme de queijo. Faça novamente outra camada de biscoitos e finalize com uma camada de creme.

Leve para gelar por +/- 4 horas.

Na hora de servir, polvilhe cacau em pó.



Curiosidade:

O tiramisú é um tradicional doce italiano. Mas no doce tradicional é utilizado o queijo mascarpone ao invés do cream cheese.
Mas querida, encontrar queijo mascarpone na minha cidade tornou-se um desafio que eu desisti de enfrentar por isso usei o cream cheese.
Entretanto, muitas receitas deste delicioso doce também utilizam esta substituição, inclusive pelo preço, já que o mascarpone é muitas vezes mais caro que o cream cheese.
Agora com relação ao sabor, o substituinte não perde em nada para o original !

Ah! só mais uma coisinha interessante!

Tiramisú significa algo como : Me escolha!

Antigamente as cortesãs de Veneza tinham o costume de consumir este doce antes de receber os cavalheiros, para obter energia para entretê-los durante a noite inteira!!!

Eu disse...a NOITE INTEIRA !!!

Então neste caso!

Vamos ao tiramisú né!



sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Dorme mamãe...que o neném já vem...


Esta noite está sendo a " Noite do Soninho" na escola da minha Julinha.

Fui a última mãe a sair da escola.
Todos os colchõezinhos arrumados, os portões já fechados, as crianças já no anfiteatro assitindo a um filminho, totalmente esquecidas de suas mães... e eu ainda ali, confirmando se nada estava faltando para quando ela voltasse pra dormir.


Sem poder dormir fico aqui pensando...

E se por acaso ela acordar no meio da noite?
E se chamar por mim? Será que ela sabe que eu estarei lá pela manhã?
Será que ela realmente sabe que eu a amo?

Eu poderia telefonar para a escola e pedir para que vejam se está tudo bem mesmo...
Mas não, a escola tem o número do meu telefone e a professora disse que ligaria para buscarmos caso fosse preciso.

Talvez eu devesse ter dito a ela que pela manhã eu estaria lá prá buscá-la e que  a amo muito...

Quer dizer, eu falo isso o tempo todo, claro, mas acho que pela "ocasião", não iria fazer mal algum falar novamente.

Esqueci de dizer...

Esqueci porque eu queria que ela ficasse bem...
Me certifiquei que o "mamá" estivesse escondido na bolsa para alguma "eventualidade" (vai que ela sente minha falta e pede o mamá ...rs)
E que a  "Carol" sua cachorrinha de pelúcia, também estivesse com ela,
e seu cobertor de sereia ,
 e a pantufinha de barbie, "rosa brilhante", como ela diz...
...e seu pijaminha listrado de rosa também,
 e a escovinha de dentes,
 o creme dental das princesas,
 o travesseiro de bailarina
e até o cd do Palavra Cantada que eu cantava para ela dormir desde bebê...
...

Por isso  esqueci de dizer o quanto a amo...

Minha menininha já deve estar dormindo, cansada de tanto brincar e fazer bagunça com os amiguinhos da escola.

Mas aqui em casa na "noite escura", sozinha de tudo, uma mamãe não pode dormir porque seu bebê  pela primeira vez dorme fora de casa...e me ensina mais uma lição das tantas que ainda irei aprender com ela...







BOLO PRESTÍGIO DE FESTA





Ingredientes

Creme
3 claras
meia xícara (chá) de açúcar
1 lata de Creme de Leite
2 xícaras (chá) de coco em flocos seco


Massa
meia xícara (chá) de manteiga
1 xícara e meia (chá) de açúcar
6 ovos
meia xícara (chá) de leite
1 xícara e meia (chá) de farinha de trigo
1 xícara (chá) de Chocolate em Pó 
meia colher (sopa) de fermento químico em pó
manteiga para untar
farinha de trigo para polvilhar

Cobertura
1 lata de Creme de Leite
1 tablete de chocolate Meio Amargo picado
 
Montagem
meia xícara (chá) de leite
2 colheres (sopa) de leite de coco
coco ralado para decorar
raspas de chocolate para decorar

Modo de Preparo

Creme:
Em uma panela, misture as claras com o açúcar e leve ao fogo baixo, mexendo sempre, para aquecer (cerca de 3 minutos), sem deixar ferver. Retire do fogo e transfira ainda quente para uma batedeira, batendo até que a tigela da batedeira esfrie e forme um merengue. Junte o Creme de Leite, o coco e misture delicadamente. Cubra com filme plástico e leve à geladeira até o momento de rechear o bolo.

Massa:
Em uma batedeira, coloque a manteiga e o açúcar e bata até formar uma mistura esbranquiçada. Junte as gemas, uma a uma, sem parar de bater até obter um creme homogêneo. Adicione a farinha de trigo e o Chocolate em Pó, aos poucos, intercalando com o leite e misture. Por último, junte o fermento e as claras batidas em neve, misturando delicadamente. Despeje em uma forma redonda (28 cm de diâmetro), untada e polvilhada e leve para assar em forno médio (180°C), pré-aquecido, por cerca de 30 minutos. Desenforme o bolo ainda quente e reserve.

Cobertura:
Em um recipiente, junte o Creme de Leite e o Chocolate Meio Amargo e leve ao fogo, em banho-maria, mexendo sempre até formar um creme liso e homogêneo. Retire do fogo e reserve.

Montagem:
Corte o bolo já frio em três partes, no sentido horizontal. Forre uma forma redonda (28 cm de diâmetro) com filme plástico, coloque uma das partes do bolo e umedeça com o leite misturado com o leite de coco.
Espalhe metade do creme de coco, cubra com outra parte de bolo e volte a umedecer. Coloque o restante do creme e termine com a última camada de bolo. Cubra com filme plástico e leve para gelar por cerca de 3 horas. Desenforme o bolo sobre um prato de servir, espalhe a cobertura, decore com fitas de coco fresco e sirva a seguir.



quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Boff e Dalai Lama: qual a melhor religião?

Um diálogo entre o teólogo e pensador brasileiro Leonardo Boff e o Dalai Lama:


“ No intervalo de uma mesa redonda sobre religião e paz entre os povos da qual ambos participávamos, eu, maliciosamente, mas também com interesse teológico, lhe perguntei em meu inglês capenga:

- Santidade, qual é a melhor religião?

Esperava que ele dissesse: “É o Budismo tibetano”, ou “São as religiões orientais, muito mais antigas do que o cristianismo”.


O Dalai-Lama fez uma pequena pausa, deu um sorriso, me olhou bem nos olhos – o que me desconcertou um pouco, porque eu sabia da malícia contida na pergunta – e afirmou:
  
- A melhor religião é aquela que te faz melhor.

Para sair da perplexidade diante de tão sábia resposta, voltei a perguntar:

- O que me faz melhor?
E ele respondeu:

- Aquilo que te faz mais compassivo (e aí senti a ressonância tibetana, budista, taoísta de sua resposta), aquilo que te faz mais sensível, mais desapegado, mais amoroso, mais humanitário, mais responsável... A religião que conseguir fazer isso de ti é a melhor religião.
Calei, maravilhado, e até os dias de hoje estou ruminando sua resposta sábia e irrefutável.”


Leonardo Boff em Espiritualidade – Um caminho de transformação
 
Que delícia isso !
O Dalai Lama e Leonardo Boff juntos na mesma mesa...
Isso é um sinal dos tempos, sem dúvida!
De tempos de maior compreensão, aceitação, compaixão e porque não dizer: evolução e paz!
Afinal, antropologicamente falando, o que nos diferencia do "outro" é apenas o lugar que nascemos, nossa condição cultural.
 
 A verdadeira religiosidade é aquela que compreende a diferença, que acolhe, não exclui.
Mas que compreende que no final das contas todos os seres buscam as mesmas coisas: livrar-se do sofrimento e a busca pela felicidade.
É por isso que se ficarmos bem atentos poderemos perceber as semelhanças entre o cristianismo e as filosofias orientais, como o budismo tibetano por exemplo, já que este é precursor do cristianismo.

Penso que assim como existem vários tipos de comida que agradem a vários paladares diferentes, com as religiões acontece o mesmo.

As pessoas são diferentes, nascem em contextos diferentes, com anseios e variações de inquietude na alma.
Porém todos nós fazemos parte da mesma "humanidade", e uma verdade incontestável é o fato de que cada ser afeta o todo, já que existe uma interdependência  de pensamentos e ações.

A verdadeira religiosidade é aquela que existe dentro de nós, que independe de ritos, mas que é feita de valores que se apresentam consubstanciados com o próprio ser.
É o que você é, seus valores.
Não é preciso que ninguém diga o que é certo ou errado. Nem é preciso leis ou mandamentos.

A religiosidade está em você como um jeito de ser e agir. E você não deixará de fazer ou fará coisas só porque existe uma lei ou moral que te diz o que fazer, mas porque esse é o único jeito que você consegue ser.
.
 



Pão de queijo (3 ingredientes)





Ingredientes:

1 copo de (requeijão) de polvilho doce

1 copo de (requeijão) de queijo curado ralado

1 caixa de creme de leite





Modo de fazer:

1.Amasse tudo com a mão


2.Faça as bolinhas


3.Asse em forno pré - aquecido a 200°





sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O monge e o escorpião


Dois monges estavam lavando suas tigelas no rio quando perceberam um escorpião que estava se afogando. Um dos monges imediatamente pegou-o e o colocou na margem. No processo ele foi picado. Ele voltou para terminar de lavar sua tigela e novamente o escorpião caiu no rio. O monge salvou o escorpião e novamente foi picado. O outro monge então perguntou:

"Amigo, por que você continua a salvar o escorpião quando você sabe que sua natureza é agir com agressividade, picando-o?"

"Porque," replicou o monge, "agir com compaixão é a minha natureza."




Gosto muitíssimo deste conto budista. Desde a primeira vez que o li, me tocou muito.

O sábio indiano Shantideva nos diz em seu livro "O Caminho do Bodhisattva":



Se alguém a quem ajudei
Ou em quem depositei grandes esperanças
Maltratar-me e magoar-me profundamente,
Espero ainda poder considerá-lo como um precioso mestre.



Quando somos magoados, quando confiamos em alguém ou  entregamos aquilo que de mais precioso possuímos e a ainda assim não somos compreendidos, é natural que a raiva e um grande sentimento que nos impulsiona para nos defendermos seja acionado.
Queremos agir, nossos instintos nos impulsionam para também ofendermos, na tentativa de defesa.
Se cedemos a essa lógica convencional de reagir, facilmente ficaremos inundados de raiva e mágoa.


Bodichita = coração desperto



Não basta termos um coração, ele precisa realmente cumprir a sua função para que possa " bater " de forma que o ser respire de fato o amor.
O verdadeiro amor é aquele que não diferencia o eu do outro.
O outro sou apenas eu mesmo em um outro contexto.

Então a pergunta que devemos nos fazer é:
- O que eu faria, como eu agiria diante de situação semelhante, tendo passado pelas experiências que aquele ser vivenciou?

Naquele momento talvez, aquela seja a única ação que ele consiga ter. A única que aprendeu.
Dentro do nível de compreensão daquela pessoa, é o que ela pode dar, naquele momento.

 Se pararmos, sem tentar fugir ou reagir, ou ainda sem tentarmos fazer nada para que o sentimento de dor e mágoa passe, poderemos olhar com compaixão para aquele ser e enxergar que, ele mesmo, se encontra em profundo sofrimento.

Mas diferente de você, ele talvez não veja uma saída. Reagir da mesma forma que ele, não irá criar nenhum mérito, nenhuma mudança. Mas talvez através da sua atitude compassiva, ele possa também se transformar.
É desta forma, que todos nos tornamos mestres uns dos outros.
E que, ao invés de criarmos padrões de mais sofrimento e dor, nos abrimos para a bondade e a compaixão.





Brigadeiro de Colher



Ingredientes

1 lata de Leite condensado
meio tablete de chocolate  Meio Amargo picado (85G)

1 caixinha de Creme de Leite
Modo de Preparo

Em uma panela, leve ao fogo baixo o Leite condensado com o Chocolate. Cozinhe mexendo sempre até obter consistência de brigadeiro mole (que corresponde a cerca de 8 minutos). Retire do fogo, acrescente o Creme de Leite e misture bem. Distribua em pequenos copos descartáveis (30ml de capacidade). Espere esfriar e sirva a seguir.

Dicas:
- Para fazer o Brigadeiro Branco, prepare a receita sem acrescentar o Chocolate Meio Amargo.




















quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O Amor, de Vladimir Maiakovski


O Amor, de Vladimir Maiakovski


Um dia, quem sabe,
ela, que também gostava de bichos,
apareça
numa alameda do zôo,
sorridente,
tal como agora está
no retrato sobre a mesa.

Ela é tão bela,
que, por certo, hão de ressuscitá-la.

Vosso Trigésimo Século
ultrapassará o exame
de mil nadas,
que dilaceravam o coração.

Então,
de todo amor não terminado
seremos pagos
em inumeráveis noites de estrelas.

Ressuscita-me,
nem que seja só porque te esperava
como um poeta,
repelindo o absurdo quotidiano!

Ressuscita-me,
nem que seja só por isso!

Ressuscita-me!

Quero viver até o fim o que me cabe!

Para que o amor não seja mais escravo
de casamentos,
concupiscência,
salários.

Para que, maldizendo os leitos,
saltando dos coxins,
o amor se vá pelo universo inteiro.

Para que o dia,
que o sofrimento degrada,
não vos seja chorado, mendigado.

E que, ao primeiro apelo:
- Camaradas!

Atenta se volte a terra inteira.

Para viver
livre dos nichos das casas.

Para que doravante
a família seja
o pai,
pelo menos o Universo,
a mãe,
pelo menos a Terra.

Vladimir Maiakovski (1893-1930)


TRANÇA DE CHOCOLATE
Ingredientes:
  • 1 tablete de fermento biológico
  • 1 xícara (chá) de leite morno
  • 2 ovos
  • 2 colheres (sopa) de açúcar
  • 1 colher (chá) de sal
  • 2 colheres (sopa) de margarina
  • 500 g de farinha de trigo, aproximadamente
  • 450 g de chocolate meio amargo picado
  • 1 ovo batido
  • 2 colheres (sopa) de açúcar de confeiteiro

Modo de Preparo:

Dissolva o fermento no leite morno, e misture os ovos, o açúcar, o sal e a margarina. Coloque a farinha de trigo aos poucos, misturando bem. Sove a massa até que esteja macia e não grude nas mãos. Cubra e deixe crescer por 20 minutos. Abra a massa numa superfície enfarinhada, formando um retângulo. Divida o retângulo em três tiras, no sentido do comprimento. Sobre cada tira distribua 150 g de chocolate meio amargo picado. Enrole cada tira como rocambole e monte uma trança com as três partes. Coloque em uma assadeira untada e enfarinhada, pincele com o ovo batido e deixe descansar por 15 minutos. Leve ao forno preaquecido a 180 graus C por 25 minutos ou até que esteja  dourada. Retire do forno e polvilhe o açúcar de confeiteiro.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A moça tecelã





Descobri a autora Marina Colasanti enquanto pesquisava para um trabalho sobre as Mulheres na disciplina de Antropologia.

Treinei com uma amiga (que faz teatro) à empostação correta da voz, as pausas, e a entonação que me permitissem passar da melhor forma possível toda a sensibilidade deste poema.

Por falta de tempo não foi possível ler o poema. Ficaremos portanto, sem saber se eu conseguiria não me emocionar na frente de todos ao declamá-lo... já que ele me fala tão a fundo...

E nos sensibiliza tanto  porque nos conta de forma tão delicada sobre os sonhos e fantasias que permeiam o inconsciente feminino desde sempre!

Faço parte de uma geração de mulheres que puderam buscar a realização profissional  além de realizar-se como mães e esposas.
Ainda assim, pergunto-me até que ponto, séculos de uma cultura que sempre relegou à mulher a segundo plano, ignorando-a como um ser dotado de potencialidades e desejos que não só os de "cuidar e atender às necessidades do outro", não estariam internalizados em mim mesma e em todas as mulheres que compartilham comigo os desafios de conviver num mesmo "tempo" , com paradigmas tão dissonantes quanto os que se impõem para a mulher nos dias de hoje. Paradigmas esses que ainda estão por ser quebrados à medida que procuramos respostas para perguntas que antes nos pareciam já respondidas.

- Como sermos boa mães e boas profissionais?

Descobri que o caminho parece ser aquele que aponta para a percepção de que essas duas coisas não são contrárias, mas que ao invés disso podem se complementar para que possamos desempenhar estes dois papéis, não de forma perfeita! Isso já seria utópico! Mas da melhor forma possível.
Existem ainda  muitos desafios a serem superados por nós mulheres, e muitos outros papéis a serem assumidos e vividos de forma mais plena, e sem culpas.


Mas pelo menos, já tecemos algum caminho...

E as mulheres que vierem atras de nós, nossas filhas, já terão um esboço a seguir.
Tomara que elas sejam ainda mais livres que nós,
que possam amar muito mais,

e ser muito mais felizes e realizadas

nas suas vidas profissionais,

como mães e esposas se assim o desejarem,

e na vida !

Mas se perceberem que o "bordado" não ficou como esperavam, que elas possam simplesmente desmanchá-lo, tal qual a "Moça Tecelã" fez,

e que possam tecer outra história para si mesmas.




A Moça Tecelã

Por Marina Colasanti
Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol chegando atrás das beiradas da noite. E logo sentava-se ao tear.

Linha clara, para começar o dia. Delicado traço cor da luz, que ela ia passando entre os fios estendidos, enquanto lá fora a claridade da manhã desenhava o horizonte.
Depois lãs mais vivas, quentes lãs iam tecendo hora a hora, em longo tapete que nunca acabava.
Se era forte demais o sol, e no jardim pendiam as pétalas, a moça colocava na lançadeira grossos fios cinzentos do algodão mais felpudo. Em breve, na penumbra trazida pelas nuvens, escolhia um fio de prata, que em pontos longos rebordava sobre o tecido. Leve, a chuva vinha cumprimentá-la à janela.
Mas se durante muitos dias o vento e o frio brigavam com as folhas e espantavam os pássaros, bastava a moça tecer com seus belos fios dourados, para que o sol voltasse a acalmar a natureza.

Assim, jogando a lançadeira de um lado para outro e batendo os grandes pentes do tear para frente e para trás, a moça passava os seus dias.

Nada lhe faltava. Na hora da fome tecia um lindo peixe, com cuidado de escamas. E eis que o peixe estava na mesa, pronto para ser comido. Se sede vinha, suave era a lã cor de leite que entremeava o tapete. E à noite, depois de lançar seu fio de escuridão, dormia tranqüila.

Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer.

Mas tecendo e tecendo, ela própria trouxe o tempo em que se sentiu sozinha, e pela primeira vez pensou em como seria bom ter um marido ao lado.

Não esperou o dia seguinte. Com capricho de quem tenta uma coisa nunca conhecida, começou a entremear no tapete as lãs e as cores que lhe dariam companhia. E aos poucos seu desejo foi aparecendo, chapéu emplumado, rosto barbado, corpo aprumado, sapato engraxado. Estava justamente acabando de entremear o último fio da ponto dos sapatos, quando bateram à porta.

Nem precisou abrir. O moço meteu a mão na maçaneta, tirou o chapéu de pluma, e foi entrando em sua vida.

Aquela noite, deitada no ombro dele, a moça pensou nos lindos filhos que teceria para aumentar ainda mais a sua felicidade.

E feliz foi, durante algum tempo. Mas se o homem tinha pensado em filhos, logo os esqueceu. Porque tinha descoberto o poder do tear, em nada mais pensou a não ser nas coisas todas que ele poderia lhe dar.

— Uma casa melhor é necessária — disse para a mulher. E parecia justo, agora que eram dois. Exigiu que escolhesse as mais belas lãs cor de tijolo, fios verdes para os batentes, e pressa para a casa acontecer.

Mas pronta a casa, já não lhe pareceu suficiente.

— Para que ter casa, se podemos ter palácio? — perguntou. Sem querer resposta imediatamente ordenou que fosse de pedra com arremates em prata.

Dias e dias, semanas e meses trabalhou a moça tecendo tetos e portas, e pátios e escadas, e salas e poços. A neve caía lá fora, e ela não tinha tempo para chamar o sol. A noite chegava, e ela não tinha tempo para arrematar o dia. Tecia e entristecia, enquanto sem parar batiam os pentes acompanhando o ritmo da lançadeira.

Afinal o palácio ficou pronto. E entre tantos cômodos, o marido escolheu para ela e seu tear o mais alto quarto da mais alta torre.

— É para que ninguém saiba do tapete — ele disse. E antes de trancar a porta à chave, advertiu: — Faltam as estrebarias. E não se esqueça dos cavalos!

Sem descanso tecia a mulher os caprichos do marido, enchendo o palácio de luxos, os cofres de moedas, as salas de criados. Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer.

E tecendo, ela própria trouxe o tempo em que sua tristeza lhe pareceu maior que o palácio com todos os seus tesouros. E pela primeira vez pensou em como seria bom estar sozinha de novo.

Só esperou anoitecer. Levantou-se enquanto o marido dormia sonhando com novas exigências. E descalça, para não fazer barulho, subiu a longa escada da torre, sentou-se ao tear.

Desta vez não precisou escolher linha nenhuma. Segurou a lançadeira ao contrário, e jogando-a veloz de um lado para o outro, começou a desfazer seu tecido. Desteceu os cavalos, as carruagens, as estrebarias, os jardins. Depois desteceu os criados e o palácio e todas as maravilhas que continha. E novamente se viu na sua casa pequena e sorriu para o jardim além da janela.

A noite acabava quando o marido estranhando a cama dura, acordou, e, espantado, olhou em volta. Não teve tempo de se levantar. Ela já desfazia o desenho escuro dos sapatos, e ele viu seus pés desaparecendo, sumindo as pernas. Rápido, o nada subiu-lhe pelo corpo, tomou o peito aprumado, o emplumado chapéu.

Então, como se ouvisse a chegada do sol, a moça escolheu uma linha clara. E foi passando-a devagar entre os fios, delicado traço de luz, que a manhã repetiu na linha do horizonte.





TORTA TENTAÇÃO SUPER PRÁTICA




Ingredientes:

Massa:
  • 1 pacote de biscoito de Aveia e Mel
  • 100 g de manteiga em temperatura ambiente
  • 3 colheres (sopa) de chocolate em pó
Recheio
  • 1 lata de leite condensado
  • a mesma medida de leite
  • 1 gema
  • 2 colheres (sopa) de amido de milho
  • 3 colheres (sopa) de chocolate em pó


Modo de preparo

Massa: Em um liquidificador, bata o biscoito até obter uma farofa. Coloque em uma tigela, junte a manteiga e o chocolate em pó e misture até obter uma massa homogênea. Reserve. Forre o fundo e as laterais de uma forma redonda (daquelas que possuem as laterais removíveis) com a massa. Leve ao forno preaquecido a 180 graus C por 10 minutos. Desenforme e reserve.

Recheio: Em uma panela, misture o leite condensado com o leite e o amido de milho. Leve ao fogo baixo e mexa sem parar até engrossar. Cozinhe por aproximadamente 10 minutos. Retire do fogo e divida o creme em duas partes iguais. Misture o chocolate em pó a uma das partes.

Montagem: Recheie as massas, colocando o creme claro e, por cima, distribuindo o escuro. Leve à geladeira até o momento de servir.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A Linha e o Linho e o Pão Integral de Linho




É a sua vida que eu quero bordar na minha

Como se eu fosse o pano e você fosse a linha
E a agulha do real nas mãos da fantasia
Fosse bordando ponto a ponto nosso dia-a-dia
E fosse aparecendo aos poucos nosso amor
Os nossos sentimentos loucos, nosso amor
O zig-zag do tormento, as cores da alegria
A curva generosa da compreensão
Formando a pétala da rosa, da paixão
A sua vida o meu caminho, nosso amor
Você a linha e eu o linho, nosso amor
Nossa colcha de cama, nossa toalha de mesa
Reproduzidos no bordado
A casa, a estrada, a correnteza
O sol, a ave, a árvore, o ninho da beleza





Pão Integral de Linho

Essa receita é de uma amiga de blog e da vida. A Ana Anita, deste blog aqui ó:

 
Mas confesso que nunca tive coragem de fazer a receita da forma original porque sou traumatizada com pães!!! Morro de medo da massa não crescer!!! Um dia conto por que...longa história...rs

Então eu sempre faço uma "espuma" com o fermento antes, para garantir que o pão cresça.
Assim não "surto" enquanto espero o pão crescer...rs
Mas tá tudo explicado-explicadinho na receita como eu faço ok? É só  seguir sem medo de ser feliz!!!

Ahh! só mais uma coisinha ...não usei as colheres de sobremesa, usei colher de sopa mesmo!

 Afinal, como boa descendente de italianos quando se trata de colher, ainda mais se for de chocolate, açúcar mascavo ou outra delícia, melhor botar logo a de sopa mesmo!!!
Deixa a colher de sobremesa para a sobremesa! Ou prá tomar remédio ruim!!! Argh!!




Ingredientes para a levedura (espuma)

50 grs de fermento de pão
3 colheres de açúcar
1 xícara de leite morno ( Eu disse mooorno. Não me vai colocar quente que o pão não cresce.)
1 xícara de farinha de trigo
1 pitada de sal

Vai dissolvendo o fermento no açúcar com o auxílio de uma colher. (É aí que  a mágica começa, o fermento vai ficando líquido a medida que se mistura com o açúcar.)
Acrescente o leite, a farinha de trigo e o sal. Misture bem e deixe descansar por 15 minutos.
Você irá observar que essa mistura fica em ponto de espuma.

Ingredientes da massa:

1 colher (sopa) de açúcar mascavo
1 colher (sopa) de mel
300 ml de água filtrada e fria
1 ovo grande ligeiramente batido
2 colheres (sopa) de óleo de milho ou canola
1 colher de sopa de chocolate em pó
1 colher de sobremesa rasa de sal
2 colheres de sopa de leite em pó integral
1 colher de sopa de aveia em flocos finos
2 colheres de sopa de linho (ou linhaça)
75g de manteiga ou margarina
1 e 1/3 xícara de farinha de trigo integral
350 a 400g de farinha de trigo branca (aproximadamente)


Modo de Preparo

Misture todos os ingredientes da massa adicionando por último a espuma feita com o fermento.Adicione a farinha aos poucos, e continue mexendo até obter uma massa bem macia e homogênea. Deixe a massa levedar até dobrar de volume e modele os pães.
Coloque os pães dentro de formas próprias, untadas e deixe crescer novamente até dobrar de volume. Por último, asse em forno pré-aquecido à 180 graus celsius até que estejam dourados (mais ou menos 35 minutos).

Eu dei uma pinceladinha com gemas de ovos prá ficar mais colorido e apetitoso, um pouco antes de desligar o forno, mas você não precisa fazer isso se não quiser.



Ahhh! A linhaça é a semente do linho, e é muito comum encontrarmos a linhaça sendo comercializada com o nome de linho.

 





domingo, 25 de julho de 2010

Amor é pra amar e cuidar muito bem.



Porque o amor também cansa de amar, e como cansa!!!



A despeito do que poderiam os desavisados pensarem, amor e cansaço não são incompatíveis.
As pessoas cansam de amar, cansam mesmo.
Cansam de amar no vácuo, no vazio, a contra-gosto, na marra, na mão única, com esforço, no amor à camiseta, cansam de amar quando amar é uma luta inglória, é uma sede saciada a conta-gotas.

 As pessoas cansam de nos amar apesar de nos amarem muito, as pessoas cansam de nos amar quando o amor é à custa de teimosias, defeitos, desaforos, desatenções, estupidezes, falhas de caráter, falta de tempo, descuidos, TPM, stress, chatice, drama, descaso, reclamações, egoísmo, omissões, negligências, filhadaputices, prioridades outras, grosserias, inaptidões, incapacidades, má administração, indiferença, cronograma insano, sacanagens, ingratidõespouco caso,desconsideração,intolerância.

O amor suporta muito e não espera um escambo de atenção e sentimento, mas o amor tem ida e vinda, tem mão dupla, tem uma razão outra que não é puro altruísmo e desapego. Não pense que quanto mais o outro suporta, quanto mais o outro luta, maior é o seu amor.

Isso é uma sabotagem imbecil de quem não se sente merecedor ou capaz de retribuir.

Pai dedicado cansa. Filho devoto cansa.
Irmão parceiro cansa.
Amigo de fé cansa.

Até o grande amor cansa.

As pessoas cansam e desamam e se perdem e vão embora e não voltam mais. Amor não é para sempre, não, não se engane.

O que é para sempre é saudade.

 E a gente fica triste e fica infeliz e fica miserável e fica com a vida besta e vazia depois que quem nos ama desiste, a gente fica com a vida oca, fica tudo preto e branco e a gente acha que tudo bem, que vai ficar tudo bem e a gente se engana que supera, paciência, não era pra ser, não era forte o suficiente, não era verdadeiro o suficiente, mas não fica tudo bem, não supera coisa nenhuma, não era pra ser uma ova. Nananinanão, senhor.

 Porque a gente também cansa da tristeza e do vazio, a gente também cansa da solidão e da miséria, a gente também cansa da infelicidade, mais cedo ou mais tarde, e aí ó, babaus, já cansaram de nós.

Portanto, não ponha o amor à prova. Não se proponha a testar até onde ele suporta. Amor não é gincana, não é rali, não é prova de resistência.

Amor é pra amar e cuidar muito bem.

Já chega o fato de que tem todo o resto do mundo para criar problema, para dar trabalho, para dificultar as coisas. Lute por e não contra. Lute muito, lute bastante.

Mereça o seu amor enquanto ele ainda é seu e ainda está aqui.
Patricia Antoniete





Torta de Limão com Cookie de Chocolate


 A receita do recheio é "suuuuper fácil" e eu já havia postado aqui:



 Ingredientes da Massa:
. 1 pacote de cookies
. 2 colheres (sopa) de margarina.

 Modo de preparo:

Triture os cookies e misture a margarina até forma uma farofa. Cubra o fundo e as laterais de uma forma de 18 cm de diâmetro com fundo removível. Asse no forno preaquecido a 200º durante 10 minutos. Deixe esfriar e reserve.



quarta-feira, 7 de julho de 2010

Preparando a primavera em mim




A melhor coisa do mundo é saber para onde ir
e poder  seguir seu  caminho com  alma leve e
brilho no olho,
independentemente das pedras que existam e ainda de todas as pedras que ainda irão aparecer.
Porque as pedras nos dão a  maravilhosa oportunidade de crescermos através delas, descobrir caminhos inesperados, e evoluírmos como pessoa.



No meu caminho,
tem  bandeirinhas que espalham mensagens de compaixão pelo vento,
é feito de amor,
compaixão,
mantras,
amigos,
Julinha,
amores,
um amor,
amigos,
amigas lindas,
malas de contas coloridas,
tentativas de meditar,
muitas comidinhas gostosas,
plantinhas,
crianças
e bichinhos
....





Passamos uma vida toda colecionando coisas das quais se acha que irá precisar um dia,
como sentimentos, emoções, formas de se proteger da vida,
constrói muros dentro de si mesmo,
e percebe que,
sofrer é inevitável assim como o próprio amor à vida !

Mas aí chega a hora em que  mais do que descobrir o caminho,
você precisa viver esse caminho!

Ser o seu caminho!





"Eu te trago um milhão de presentes,

Que eu achava que já tinha perdido,

Mas estavam na mesma gaveta,

Que o calor das pessoas e o amor pela vida..."



Então derepente você olha prá dentro de si mesmo, e percebe que tudo aquilo que você precisava sempre esteve ali o tempo todo!


Toda primavera já existe latente dentro de todas as estações especialmente quando é inverno.


E percebe que lá, bem do lado do amor que você sente pelas crianças, e pelos amigos, existe muito mais de todos os melhores sentimentos e ainda muito mais do que nem imaginava.

Então corre prá cozinha!
Como a música diz:

" Me espera estou chegando com fome
Preparando a campo e a alma prás flores..."


 Toalha Felpuda


Ingredientes:
Para o bolo:
5 ovos grandes
3 xícaras (chá) de farinha de trigo (400g)
3 xícaras(chá) de açúcar (450g)
1 copo de leite (250g)
1 colher de fermento em pó

Para a cobertura:
2 xícaras (chá) de açúcar
1 xícara (chá) de água
1 pacote de côco ralado (100g)

Preparo:
1. Bata as claras em neve firme e reserve.
2- Junte, sempre batendo, as gemas e o açúcar .
3- Acrescente aos poucos a farinha de trigo e o fermento em pó.
4- Desligue a batedeira, despeje o leite bem quente e misture com a espátula com movimentos de baixo para cima.
5- Despeje em fôrma retângular untada e enfarinhada. Leve para assar.
6- Em uma panela misture os ingredientes do recheio, leve ao fogo por 5 minutos para engrossar.
7- Espalhe sobre o bolo ainda quente.