segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

As aventuras de Pi

 
 
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Trilha Sonora "AS AVENTURAS DE PI"
 
 

     Se fosse somente pelos efeitos visuais 3D, o filme AS AVENTURAS DE PI já valeria a ida ao cinema. Mas além disso, o filme é um possível indicado ao Oscar 2013 como Melhor Trilha Sonora (adicionei ali em cima, uma amostra das músicas ),Melhor Filme, Diretor, Fotografia, Direção de Arte, Montagem, Efeitos Visuais, Edição de Som e Mixagem de Som.
 
      Faço o esforço de tentar contar do que se trata, sabendo que, nesse caso, nem mesmo todas as palavras poderiam fazer jus aos sentimentos universais que parecem ser despertados pelo filme.
 
      Imagina crescer em um lugar fabuloso e exótico, e ainda por cima, tendo um zoológico por quintal. É nesse cenário fabuloso que o filme de Ang Lee nos insere na mais incrível aventura, que tanto pode ser uma aventura fantasiosa, como um lugar que pode ser encontrado dentro de cada um de nós.
       A história  é muito bem amarrada, e quando as grandes verdades aparecem, elas não vem de surpresa, mas apenas para complementar todo o enredo que já vinha se delineando.

      Somos encantados desde o início, tanto pelas belas imagens que ficam ainda mais fantásticas com a tecnologia 3D ( que inclusive já tem sido considerada uma outra forma de arte, dentro da arte cinematográfica), quanto pelo enredo que nos transporta e nos prende até o final.
 
      A história de um menino que busca respostas às suas inquietudes a respeito de si mesmo e da  vida pode ser a história de cada um de nós. Através da busca por um sentido através das religiões, e o encontro do amor, o garoto "Pi" conhece a diversidade e encontra algumas respostas que nos serão apresentadas no final do filme.

      Ainda que "na diferença", podemos nos reconhecer iguais nas nossas limitações e angústias existenciais.
Somos levados a compreensão de que todos os homens, através das suas crenças e manifestações religiosas culturais,  buscam uma explicação para a grande incógnita da vida.
 
       As vezes, quando as realidades nos são por demais insuportáveis, nos valemos de mecanismos de defesa que nos permitam continuar a viver. Alguns podem chamar de fantasia, outros podem encontrar o sentido no amor, ou na própria arte, e outros ainda, em algo que chamamos de Deus.
 
      Alguns dos grandes estudiosos e filósofos,  já apontaram as religiões como uma forma de defesa do ego, uma tentativa de explicação para a existência humana. Não me privo dos questionamentos, entretanto, não quero ser mais que sou.  E como tal, se crer no amor, nos milagres da vida e em Deus, é uma defesa, "eu faço o que eu sou"...Sou humana...Apenas humana...
 
 



BOLO NATURAL

Esta receita de bolo é muito fácil pois usamos uma mistura pronta para bolo, chamada "Bolo Natural". Esta mistura é muito prática especialmente quando se está com pressa. Uma ótima pedida para as férias pois ela já vem com as frutas cortadinhas e na medida certa, é só misturar !
 
Existem de vários tipos, com várias combinações, mas esta que testei era com nozes, damasco, gérmem de trigo, aveia e uva passas. O bolo fica delicioso e muito nutritivo!
 
 
     
 
 
Modo de Fazer:
 
 Bater no liquidificador 3 bananas caturras ou 2 maçãs gala, 1/2 xícara de óleo de girassol e 3 ovos inteiros.
Colocar em uma tigela, acrescentar a mistura de bolo, colocar 2 colheres de sopa de fermento em pó, misturar bem, colocar na forma retangular 20x30 cm untada e assar em forno pré-aquecido moderado por aproximadamente 30 minutos.

 
 
 
 

sábado, 10 de novembro de 2012

Samsara

 


Dialogo final no filme SAMSARA:
 
Yashodhara...
 
O Principe Siddhartha Gautama, Sakyamuni, Buda, todos conhecem esses nomes... mas e ... Yashodhara? Yashodhara foi casada com Siddhartha. Ela o amava apaixonadamente. Uma noite, Siddhartha a deixou e ao filho deles, Rahul... enquanto eles estavam dormindo, para ir buscar a iluminação, para se tornar Buda. Ele nem lhe dirigiu a palavra quando saiu.

Yashodhara já havia mostrado compaixão pelos doentes e oprimidos antes de Siddhartha o fazer, muito antes até de Siddhartha conhecer o sofrimento! Quem poderá dizer se ele não adquiriu isso dela? Talvez Yashodhara quisesse deixar Siddhartha e Rahul. Como se poderá saber se Yashodhara não acabou vítima da raiva da solidão ou da amargura depois que Sidhartha a deixou? Quem é que pensou nela?

O que terá ela dito a Rahul, seu filho, quando ele fez a pergunta inevitável: onde está meu pai? O que ela pode ter dito?

Como pode uma mãe abandonar um filho no meio da noite?

Isso só é possível para o homem. Só para o homem...

Depois disso, Yashodhara não teve escolha. Teve de levar uma vida de renúncia. Ela cortou o cabelo, e viveu como uma asceta.

Oh... Tashi.. se seus pensamentos para Dharma tivessem a mesma intensidade que o amor e a paixão que demonstrou por mim, você se tornaria um Buda neste mesmo corpo e nesta mesma vida.


"Algum dia, depois de termos dominado os ventos, as ondas, as marés e a gravidade, utilizaremos as energias do amor. Então, pela segunda vez na história do mundo, o homem terá descoberto o fogo."
Teilhard de Chardin
(citado em “O Livro Tibetano do Viver e do Morrer“, de Sogyal Rinpoche)
 
 
 CHEESECAKE DE MORANGO
 
 
 
Ingredientes:
 
  • 1 pacote de biscoito de maisena (200g)
  • 5 colheres (sopa) de margarina
  • 1/2 xícara de geléia ou cobertura para sorvete sabor morango
  • 2 xícaras (chá) de morangos fatiados
 
Recheio:
  • 1 envelope de gelatina em pó sem sabor
  • 5 colheres (sopa) de água
  • 400g de cream cheese (queijo cremoso tipo Philadelphia)
  • 1/2 xícara (chá) de açúcar
  • 200g de creme de leite fresco gelado
 Triture o biscoito no liquidificador e transfira para uma vasilha. Adicione a margarina e misture com a ponta dos dedos até obter textura de farofa. Com ela, forre o fundo e a lateral de uma fôrma de aro removível de 24 cm de diâmetro, apertando bem com os dedos. Leve ao forno médio, preaquecido, por 15 minutos. Retire do forno e deixe esfriar. Misture a gelatina com a água e deixe descansar por 5 minutos. Leve ao fogo baixo, em banho-maria, até dissolver, sem deixar ferver. Bata na batedeira com o cream cheese e metade do açúcar por 5 minutos. Reserve. Em outra tigela, bata o creme de leite gelado por 3 minutos ou até começar a engrossar. Adicione o açúcar restante, aos poucos, e continue batendo até obter textura de chantilly. Misture delicamente ao creme reservado, mexendo com uma colher. Despeje sobre a massa na fôrma e leve à geladeira por 4 horas ou até firmar. Retire da geladeira, espalhe a geléia ou cobertura para sorvete por cima, decore com as fatias de morango, desenforme e sirva.

 
 

domingo, 19 de agosto de 2012

Deixe que o amor seja sua religião

Dia desses, enquanto conversava com duas amigas no intervalo de um curso, me chamou a atenção um pingente que uma delas usava.

Era como se o pingente tivesse prendido meu olhar, fixando-o no pescoço dela na tentativa de decifrar o seu significado. Como eu não pudesse mais disfarçar minha curiosidade, achei melhor perguntar. Ao que ela responde em um tom solene e de alguém que fala de algo muito sagrado para si:
“- É um símbolo budista. Eu não sei muito bem o que significa, mas sei que é um símbolo budista! Aqui dentro está escrito Deus.”
Eu sem poder conter o riso, prontamente respondo :
“- Nossa! É mesmo? Eu sou budista mais nunca tinha visto este símbolo! Não tem Deus no budismo!”
Dando-se conta do que tinha dito, ela mesma riu comigo.
O budismo nem chega a ser considerado religião. Entretanto, talvez pelo caráter da presença de rituais, pode também ser considerado religião sim. Mais isso nem chega a ser importante. O importante no budismo é a liberdade. Religião ou não, é com certeza o que existe de mais livre.
Entretanto, o mais lindo disso tudo, foi o que essa amiga disse depois.
Ela emendou se justificando, rindo e ao mesmo tempo muito sem graça:
“- Realmente não sei o que significa o pingente. Ganhei de um amigo e nunca mais tirei do pescoço, ele é budista.”
Bom, nesse caso querida, o fato de ser religião ou não, de ser budismo, cristianismo, hinduísmo ou seja lá o que for, perde completamente a importância.
Essa atitude dela foi à coisa mais linda que eu já vi na vida. Ela nem se importava com o significado do pingente,talvez nem tenha se perguntado até aquele momento. Afinal, fora dado por alguém que significava muito mais do que o próprio significado do símbolo.
O pingente era a representação simbólica da própria pessoa que deu a ela o colar. Ele era sagrado, a própria personificação do amor e da religião.

Proponho uma reza na voz de Maria Gadú.
Uma perfeita oração de amor.
Uma canção rezada.
Essa reza é prá você e para mim também.
Amém.

Amor de Índio
Milton Nascimento
Composição: Beto Guedes, Ronaldo Bastos

Tudo que move é sagrado
E remove as montanhas
Com todo cuidado, meu amor
Enquanto a chama arder
Todo dia te ver passar
Tudo viver ao teu lado
Com o arco da promessa
No azul pintado pra durar

Abelha fazendo mel
Vale o tempo que não voou
A estrela caiu do céu
O pedido que se pensou
O destino que se cumpriu
De sentir teu calor
E ser todo
Todo dia é de viver
Para ser o que for
E ser tudo

Sim, todo amor é sagrado
E o fruto do trabalho
É mais que sagrado, meu amor
A massa que faz o pão
Vale a luz do teu suor
Lembra que o sono é sagrado
E alimenta de horizontes
O tempo acordado de viver

No inverno te proteger
No verão sair pra pescar
No outono te conhecer
Primavera poder gostar
No estio me derreter
Pra na chuva dançar
E andar junto
O destino que se cumpriu
De sentir teu calor
E ser tudo

Mousse de Chocolate Branco
Ingredientes:
·         2 xícaras (chá) de morangos picados
·         5 colheres (sopa) de açúcar
·         2 colheres (sopa) de suco de limão
·         1 xícara (chá) de minissuspiro
·         200g de chocolate branco picado
·         1 xícara (chá) de ricota fresca esmigalhada
·         1 lata de creme de leite


Modo de Fazer

Bata no liquidificador o morango, 4 colheres (sopa) do açúcar e o suco até obter ponto de geleia. Leve a geleia ao fogo baixo com o açúcar restante, deixe ferver por 4 minutos, mexendo de vez em quando, e deixe esfriar antes de utilizar. Divida os minissuspiros no fundo de 4 taças individuais e cubra com a geleia. Derreta o chocolate em banho-maria e bata no liquidificador com a ricota e o creme de leite. Despeje sobre a geleia e leve à geladeira por 2 horas. Se desejar, decore cada taça com um morango inteiro.


domingo, 5 de agosto de 2012

Porta Carregador de Celular com Frasco de Xampoo Reciclado

Porta Carregador de Celular com Frasco de Xampoo Reciclado




Eu vi esta idéia de Porta Carregador de Celular no Facebook dia desses e pensei que seria um bom presentinho para as crianças fazerem para o papai no Dia dos Pais.
Achei ótima a idéia porque ele vira um apoio para o celular enquanto carrega.É o tipo de reciclagem que dá certo porque é funcional.

Lave e seque bem um frasco de xampoo vazio.
Corte-o utilizando uma tesoura ou estilete conforme a marcação abaixo:


Você pode utilizar uma régua ou papel mesmo, para marcar o frasco no lugar a ser cortado.
Para cobrir o frasco, pode-se utilizar guardanapo de papel ou tecido, e nesse caso, a cola a ser utilizada deve ser apropriada para decoupage.
Eu utilizei papel contact de duas cores diferentes. Uma para cada frasco. A dica é cortar tiras finas e ir enrolando-as nas voltinhas do frasco procurando esticar um pouquinho o papel contact para que não sobrem bolhas ou pontas.



Não existe acaso

O amor será o remédio mais vital.
Você será seu milagre.

Clarissa Pinkola Estés



Precisava de uma amiga do meu lado hoje. Por mais que eu entenda e estude, ainda assim, nem sempre a racionalização dos sentimentos funciona. Por isso eu precisava de uma amiga do meu lado. Sempre funciona, com uma amiga do meu lado  sinto-me em casa, protegida de mim mesma e em segurança, como se meus próprios sentimentos não pudessem mais me atingir. Estar com uma amiga do lado é como estar de chinelos.
Tentei te ligar. Mandei mensagens. Mas você que sempre me manda mensagens urgentes até de madrugada quando precisa falar comigo, sequer me atendeu. Esperava que já estivesse lá. Mas você não foi. Só me restava  enfrentar meus monstros reais com cara de quem come paçoca.

Então, sentei-me ao lado de outra amiga. Fazia tempo que não a via. Na verdade, nem nos conhecemos muito bem e falamos somente poucas vezes. Mas começamos a conversar e no meio da conversa, poucos minutos e ela me disse:
"- Eu sei, eu também tenho muito carinho e admiração por você. " E levou a mão ao peito com os olhos cheios de lágrimas.
Nâo pude, e para ser sincera nem tentaria disfarçar minha admiração e emoção . Sim minha amiga, eu sempre a admirei como quem admira alguém a quem busca inspiração. Mas hoje percebi o quanto estamos ligadas.
Existe um reconhecimento de almas que vai além das palavras e passa pelo sentir.

Todas as mulheres guardam pedaços de sabedoria dentro de si. São conhecimentos  que ficaram impressos em nós como os nódulos das árvores milenares. Punhados valiosos de sabedoria genuína que se tocam e entrelaçam.




A você minha querida amiga sábia, queria ainda dizer:


" Em todas as mulheres, sobretudo quando entram na maturidade, instala-se uma força subterrânea e invisível que se manifesta por meio de comportamentos inesperados, arroubos de energia, intuições perspicazes, ímpetos apaixonados: um impulso arrebatador e inesgotável que as impele obstinadamente rumo à salvação, à reconstrução de toda e qualquer integridade despedaçada. Como uma grande árvore que, quando ameaçada pela doença, golpeada pelo tempo, se recusa a morrer e, milagrosamente e com enorme dose de paciência e persistência, continua a nutrir-se através das próprias raízes, restaura-se e renasce para manter o próprio espirito vital de forma a poder gerar novos frutos, aos quais confiará esta herança inestimável."- trecho do livro A CIRANDA DAS MULHERES SÁBIAS, de Clarissa P.Estés




"Nessun dorma!
  Nessun dorma!
Tu pure, o, Principessa...
guardi le stelle
che tremano d'amore
e di speranza..."
- PUCCINI, Turandot

segunda-feira, 18 de junho de 2012

A abelha vôou...


Era um sábado à tarde qualquer de uma aula de psicanálise que...Não! Esta não era uma aula qualquer...

Enquanto o professor tentava desenvolver o tema do dia, eis que entra uma pequena abelhinha preta pela janela, daquelas do tipo abelha-mirim,  um pouco menor que as outras abelhas que conhecemos.

A abelhinha, um "mirinzinho" preto, voou na direção de várias pessoas e seguiu dançando aparentemente despretensiosa em volta do professor, parecendo competir com ele por atenção.

Voava  como que a cumprimentar cada membro da roda. Como que a pedir uma permissão necessária para uma  justificada e inevitável interferência.

Fiz esforço extra para continuar focada no que o professor dizia, mas bom, acho que enfim o dia também não era um dia qualquer, e ele mesmo parecia se esforçar para continuar no assunto ao qual havia se preparado.

De todas as aulas especiais de psicanálise, aquela aula foi de longe, a mais estranha e perturbadora de todas. E não só pelo tema do dia, "trauma", que seria por si só extremamente perturbador, mas também por uma conjunção de fatores, situações e diálogos que me afetaram muito mais do que eu gostaria de admitir.

Penso agora que, a própria disposição do grupo em círculo, favoreceu um clima quase mágico que parecia nos envolver a todos, da mesma forma que fazia a abelhinha ao voar por entre as pessoas.

Chequei a pensar que ela estava atrás do pé-de-moleque que eu levei para comermos no intervalo.
Então, eu desejei internamente, por um segundo, que ela pousasse na minha mão.

E as coisas estranhas começaram a acontecer...

A abelinha saiu lá da frente, voou seguindo o círculo e parou em mim, no dorso da minha mão. Fiquei imóvel por alguns segundos e  percebi que as meninas que estavam do meu lado, olhavam espantadas para a cena. Fiquei com medo de atrapalhar a aula, e principalmente que o professor visse.
Nesse momento, soprei a abelinha de leve para não machucá-la, e também para não ser picada, imaginando o absurdo daquela situação e tentando voltar para uma realidade que parecia cada vez mais distante.
Confesso que ouvia a voz do professor ficando cada vez mais longe, como se apenas seus lábios se mechessem mas não saísse nenhuma palavra audível deles.
Algumas pessoas tentaram matá-la, mas eu consegui acudir a tempo. Pobrezinha! Tão lindinha, e tão agradável sua visita, como uma testemunha muda do que se passava ali, e que se fizera presente exatamente para nos lembrar das coisas que a alma precisava urgentemente dizer.Como uma represa que começa a ruir por um furinho, e que  começa finalmente a desaguar aos poucos, porém sem possibilidade, e muito menos tentativas de contenção.
Então tive meu segundo pensamento louco. Pensei: essa abelhinha lindinha irá pousar na minha mão, e eu a levarei até a janela, para que ela possa ir embora.
No mesmo momento, acudi com outro pensamento: Nossa! Meu caso é grave! Que coisa absurda!!!
Então, no próximo segundo após o pensamento...Juro! Ela pousou na manga da minha blusa, por dentro da blusa, no meu pulso!

Nesse momento eu me levantei vagarosamente. Senti  que todos acompanhavam com  olhar de curiosidade o que acontecia. O professor ficou com alguma frase pendurada na boca, uma frase  suspensa no ar pelos instantes que levaram para que eu voltasse a me sentar.

Levantei-me cuidadosamente com a abelhinha no meu pulso e caminhei vagarosa mas firmemente até a janela.  A  abelhinha pretinha e lindinha voou livre pelo sábado afora, levando sua mágica com ela, e nos deixando com a experiência compartilhada daquele encontro de almas que procuram se confortar umas nas outras.
O mais estranho foi o vazio sentido logo ao sentar e retornar ao meu lugar...

Deveria ter ficado com ela só mais um pouquinho...Deveria ter sentido sua presença com muito mais intensidade. Deveria ter olhado mais prá ela. Mas quase sempre somos resistentes em acreditar nos milagres e muito menos em ouvir a própria alma.

Levamos tempo para compreender algumas coisas que nos são ditas, simplesmente porque elas nos parecem absurdas e totalmente impossíveis de acontecer. Preferimos negar o que entendemos, ou o que nós mesmos sentimos, tentando atribuir significados banais, como um disfarce das verdades.

Entretanto,de hoje em diante, irei tentar me lembrar de chamar a abelhinha, todas as vezes que  sentir o impulso de me proteger atrás de tantos muros.Deixarei que a abelhinha pouse no coração, e deixe que minha alma fale, e meu corpo dance.

 
(Eu sei que não são abelhas, e sim borboletas na imagem. Mas o significado delas, me darei o direito de guardar segredo. Quem sabe, saberá.)

Significado das abelhas

 Na Grécia antiga, as abelhas eram símbolos do trabalho e da obediência. Nos ensinamentos órficos, as almas eram representadas por abelhas, não apenas pela sua associação com o mel (produto divino), mas principalmente porque elas migram em enxames. Considerava-se também que as almas emanavam da Unidade Divina em grupos parecidos a enxames. No simbolismo cristão, as abelhas são emblemas de eloqüência e diligência no trabalho; nas tradições hindo-arianas e islamíticas, conservam a mesma significação espiritual da tradição órfica (relativo a Orfeu, deus grego).



Dedido esta música, para todos os meus professores-psicólogos, que me abastecem  de palavras para que eu escreva novos textos na minha própria  história.




segunda-feira, 11 de junho de 2012

E se...


"Cartas para Julieta", é um filme docinho e meladinho feito um Rocambole de doce-de-leite.
Tinha vários filmes para assistir no sábado à noite, um deles era o " O homem que não amava as mulheres". Mas este, ainda estou criando coragem para assistir.
Comecei a assistir o "Cartas para Julieta" imaginando que combinaria muito bem com a chuvinha e o friozinho. Um bom filme prá se dormir, era o que eu imaginava quando o escolhi.
Mas, como não tinha pensado nisso?
A Julieta do filme é a do Romeu!!!
E é Dia dos Namorados!
O filme conta duas histórias que acontecem paralelas. Shophie é uma aspirante a escritora que viaja com o noivo para uma Pré-Lua-de-Mel na Itália. Uma noiva sem aliança, e em um relacionamento que parece aquela comida deliciosa quando se olha, mas que quando se come, a gente fica com aquela cara de quem comeu sopa de chuchu.
Em Verona, ao visitar a casa da verdadeira Julieta de "Romeu e Julieta", descobre no muro da casa, uma carta de amor que havia sido escrita há cinquenta anos atrás. Shopie responde a carta. A remetente é Claire Smith , uma  viúva que resolve ouvir o conselho de Shophie e vai a procura de Lorenzo, seu antigo amor, cinquenta anos depois.

Se Shophie encontra o amor,  e Claire o reencontra???
Não conto!!!
Mas e você?
Já encontrou o seu?

Bem, deixo vocês com a carta que Shophie escreveu para Claire e faço minhas as palavras dela para vocês!

Porque não existe nada mais angustiante do que
algo que poderia ter sido,
ou ainda aquilo que, quaaaase foi mas não aconteceu.

As possibilidades não vividas, os "se", tem o poder de se transformar em uma fantasia e te atormentar "para sempre"...

  






'' 'E' e 'Se' são duas palavras tão inofensivas quanto qualquer palavra. Mas coloque-as juntas, lado a lado, e elas têm o poder de assombrá-la pelo resto de sua vida.
'E se?'...  E se?  E se?
Não sei como sua história acabou. Mas se o que você sentia na época era amor verdadeiro, então nunca é tarde demais. Se era verdadeiro, então, por que não o seria agora? Você só precisa ter coragem para seguir seu coração.






Não sei como é sentir amor como o de Julieta, um amor pelo qual abandonar os entes queridos, um amor pelo qual cruzar os oceanos. Mas gosto de pensar que, se um dia eu o sentisse, eu teria a coragem de agarrá-lo.
E se você não o fez, espero que um dia o faça.
Com todo o meu amor

Julieta
   



  
ROCAMBOLE DE DOCE DE LEITE
Ingredientes
6 ovos
6 colheres (sopa) de açúcar
6 colheres (sopa) de farinha de trigo
1 colher (sopa) rasa de fermento

Modo de preparo






1º Bata as claras em neve, acrecente o açúcar e depois as gemas (uma a uma). Peneire o trigo e o fermento, depois misture à massa com uma colher (não bata na batedeira).
2º Unte uma fôrma retangular grande com manteiga/margarina. Coloque papel manteiga (com o lado brilhante para cima).
3º Asse em fogo médio de 15 a 20 minutos. Não deixe a massa secar muito.
4º Umedeça um pano de prato e polvilhe açúcar por cima. Desenforme o bolo em cima do pano de prato.
5º Recheie de acordo com sua vontade (doce de leite, creme, frutas, amendoim torrado).
6º Enrole e está pronto para servir.

Dica

1º A massa pode ser umidecida com suco de laranja, guaraná, calda de pêssego.
2º Enrole o rocambole ainda quente.

sábado, 26 de maio de 2012

O quebra-cabeças da vida


"Ouça o barulhinho que o tempo no seu
 peito faz,
Faça sua dor dançar.

Atenção para escutar
esse movimento que
traz paz..."
Arnaldo Antunes

        Olhe ao seu redor e perceba que tudo está em constante movimento. No budismo, chamamos esse movimento de IMPERMANÊNCIA.
      Páre por um minuto e perceba o movimento da vida através da sua própria respiração e de todos os acontecimentos. Olhe para dentro de si mesmo.A única certeza que existe é a mudança.
         Entretanto, mesmo dentro da impermanência, existem momentos em que conseguimos visualizar com lucidez o quebra-cabeças completo.
Não se tem como apressar o curso da vida.Tudo tem seu tempo certo para ser compreendido. O que o mestre (ou psicanalista) pode fazer, é lançar as perguntas. Elas são a direção. Mas o caminho, é o próprio caminhante que terá que fazer, apartir da oportunidade de encontrar as próprias respostas.
         Como em um grande quebra-cabeças, quanto mais nos aproximamos de completá-lo, mais fácil fica de visualizarmos as peças finais.
        Nesse momento, podemos sentir angústia por percebermos que aquela situação que vivenciavamos, aquelas peças que contemplamos  as vezes uma vida toda, está chegando ao final.
         Entretanto, ao invés de nos sentirmos angustiados, podemos receber com gratidão o novo que chega, apartir do encerramento do velho.

TORTA DE BANANAS FÁCIL
INGREDIENTES
·         5 colheres (sopa) de maisena
·         5 colheres (sopa) de farinha de trigo
·         ½ xícara (chá) de óleo
·         3 ovos inteiros
·         ½ xícara (chá) de açúcar
·         1 xícara (chá) de leite
·         1 colher (sobremesa) de canela
·         1 colher (sopa) de fermento em pó
·         1 colher (chá) de essência de baunilha
·         1 colher (chá) de raspas de casca de limão
·         6 bananas-nanica (eu usei banana caturra mesmo)


 
MODO DE FAZER
·        Bata no liquidificador todos os ingredientes, menos as bananas. Deixe descansar por ½ hora.

·        Unte uma forma refratária com margarina e polvilhe-a com farinha de trigo. Coloque nela uma porção de massa e cubra-a com uma camada de rodelas de banana, outra de massa e assim por diante.

·        Asse em forno quente até dourar. Quando estiver morna, polvilhe com açúcar peneirado.

domingo, 25 de março de 2012

Histórias de Amor



                Rubem Fonseca me foi apresentado pela minha irmã mais nova quando a mesma ainda estava no colégio. Peguei o livro dele por acaso hoje, para ler alguma coisa no banheiro enquanto me arrumava, fazia xixi, escovava os dentes, e tudo o mais que se faz no banheiro. Mas claro, não é todo mundo que leva livros para o banheiro só porque não suporta a ideia, de não ter ideias enquanto “perde” tempo se arrumando.
- “Histórias de Amor”! Que lindo! Posso ler depois que você terminar?

- Acho que essas não são as histórias de amor que você espera ler, ela respondeu sarcasticamente.

Não eram mesmo.

                Fico pensando no humor dela. Sempre teve um humor fino. Uma interpretação apurada das coisas, da vida, e do amor.

                Ela é minha irmã, mas é também minha filha. Em uma das minhas sessões de análise, depois de tanto chamá-la pelo nome da minha própria filha, explico ao analista:

- É que por termos uma diferença de idade, eu ajudei a cuidar dela quando ainda era um bebê, e as duas são tão parecidas! A pele branquinha, os olhos azuis...

Ao que ele responde sem sequer mover um músculo, como quem constata que vai chover em um dia qualquer:

- Eu sei, ela é tua filha.

                Ninguém poderia imaginar que aquele bebê prematuro, ao qual foram dispensados tantos cuidados se tornaria enfermeira.  Eu a levei a faculdade no primeiro dia de aula. E teria ficado lá, não fosse, ela mesma, me incentivar que ficaria bem, que eu não me preocupasse, eu poderia ir embora sossegada, ela ficaria bem.

                Não só tornou-se enfermeira como se meteu no projeto Rondon, ao que eu ouvia com orgulho e repetia prá todo mundo suas histórias quando ela voltava de alguma aldeia pelo interior do Paraná.

                Sempre gostamos do mesmo tipo de música .Íamos aos shows do Chico, do Milton, Caetano, sempre na primeira fila! O autógrafo do Milton, dividimos por anos! Cada semana uma podia ficar com ele, chegamos a plastificá-lo. Não sei mais onde está, devo ter jogado fora, em alguma limpeza por motivo de alguma mudança, nem lembro. Chegamos a ir a passeatas, éramos militantes políticas.Éramos jovens e portanto cheias de ideais.

                Antes mesmo do final do último ano da faculdade, ela passou no Projeto Saúde da Família do governo, um projeto do qual se pagava bem, justamente para atrair os recém-formados para cidades aonde nenhum profissional já estabelecido iria, por nenhum dinheiro do mundo! Mas ela foi, sozinha. Uma menina que foi sempre tão protegida, a caçula, tão magrinha! Tão fraquinha...prematura... Foi para uma cidade no fim do mundo, e lembro até hoje que ela não vacilou nem por um instante. No dia que fomos levá-la para ajudar na sua mudança, ainda brinquei que aquele não era “aonde o diabo perdeu as botas” porque “o diabo nem tinha passado por lá”. Ela sempre de humor afiado, não riu. Ao contrário, ficou brava e fechou a cara e não disse palavra.

                 Os finais de semana que voltava prá casa, eram sempre recheados de histórias surreais, quase sempre dramáticas, tristes, de uma realidade do Brasil que poucos sequer sonharão que existe. Ela sempre contava com detalhes, ora com risos, ora com tristeza , dividindo conosco seus medos e alegrias, mas sempre com coragem, determinação de vida, de escolha, de destino.

                Hoje ao pegar o livro que surrupiei da estante da casa dos meus pais em uma visita de final de semana, não pude deixar de fazer um paralelo entre o livro e a vida dela.

Histórias de Amor.

- Acho que você não irá gostar de lê-lo.

Ela dizia mal disfarçando um sorriso irônico.

- Essas não são as histórias de amor que você pensa que irá encontrar.

Realmente filha, as histórias de amor de verdade, nem sempre são como imaginamos. Hoje eu também sei disso.




BOLO DE ABACAXI
  • 1 xícara (chá) de açúcar
  • 1 xícara (chá) de farinha de trigo
  • ½ xícara (chá) de leite
  • 2 ovos separados
  • 2 colheres (chá) de fermento em pó
  • Fatias de abacaxi
  • Creme chantilly (opcional)
  • Açúcar mascavo para untar
  • Manteiga para untar
 Modo de Fazer
1.       Separe os ovos. Bata as gemas com o açúcar até ficarem bem claras e espumosas, junte o leite e bata mais um pouco. Bata as claras em neve e adicione delicadamente à mistura de gemas.
2.       Acrescente a farinha de trigo peneirada com o fermento e misture tudo muito bem, batendo bastante.
3.       Forre a forma com açúcar mascavo, salpique com pedacinhos de manteiga, arrume no fundo as fatias de abacaxi e despeje a massa sobre tudo. Leve ao forno em temperatura média.
4.       Quando o bolo estiver assado, vire-o sobre um prato, de modo que as fatias de abacaxi fiquem para cima, e cubra-a com creme chantilly.





domingo, 8 de janeiro de 2012

O insight das Canjicas


         É interessante como algumas coisas começam. Isso não significa que se iniciem sem explicação, não é isso. Acredito que sempre, todas às vezes haverá uma explicação. O que acontece é que às vezes desconhecemos as origens primeiras de tudo que somos. Por isso é preciso resgatar a própria história, e até mesmo reconstruí-la quando necessário.   Partes do quebra-cabeça perdidos, quando não encontradas podem nos levar sempre aos mesmos lugares como uma tentativa desse encontro, que no fundo, é o encontro com o mais profundo de nós mesmos.
            Mas a cada peça que se encaixa, surge da “caixa”, algo menos “encaixado”, mais livre e completo, ainda que dentro da impossibilidade da completude que é inerente a toda pessoa humana.
              Mais fácil são as canjicas.
              Como se fosse possível mascarar a vida fazendo receitas na ilusão de agradar a si mesmo através do sorriso dos outros. Não se pode obter o perdão da culpa e das extremas expectativas sobre si mesmo. Ou ainda as criadas e mantidas à força da manutenção da expectativa dos outros.
               Ainda assim, acredito que o exercício das nossas faltas é o que de mais livre podemos fazer com o que somos.



                Por isso, agora, vamos as canjicas!!
               Essa receita é fácil! Mais ainda do que todas as outras!

              As canjicas servem para nos lembrar que  podemos encontrar pequenos pedacinhos  de felicidade na simplicidade das coisas e pessoas.
                 Só é preciso atenção e lucidez, e a sabedoria que vem do que é simples nos inunda por todos os lados, entra pelos pulmões, e pode ser o próprio ar que respiramos ou expiramos devagar e controladamente para se transformar em música.
                Não tive nem de longe a pretensão de sequer passar perto da canjica que a minha mãe faz. Tanto as canjicas quanto o arroz-doce dela são com toda certeza, os melhores do mundo todo! Aliás o arroz-doce deveria levar outro nome, já que o dela (o da minha mãe) nem se compara ao arroz-doce aguado e açucarado que vemos com tanta freqüência por aí, e que levam injustamente esse nome.
                Prometo para vocês a receita de canjica da minha mãe em outro momento. Por hora, entrego uma receitinha muito simples e fácil de fazer, mas que fica também muito gostosa!
                A dica da receita fica por conta das canjicas mesmo! Compre as canjicas pré-cozidas, daquelas que se vende nos mercados e que são embaladas à vácuo. Desse jeito a receita não levará mais do que dez minutos para ser feita.
                As canjicas cozidas são como um insight!! É um conhecimento acumulado que de repente vem à tona como um estalo! E num segundo você compreende coisas que levou a vida toda buscando!!! Aí tá pronto! É só aproveitar! As canjicas ...e a Vida!


CANJICA SIMPLES
Ingredientes:
- 1 pacote de canjica pré-cozida;
- 1 lata de leite condensado;
- 1/2 litro de leite integral;
- 3 cravos;
- canela em pó a gosto.

Modo de fazer:
Fure o pacote de canjica com um garfo e pressione os grãos até deixá-los bem soltos. Numa panela, aqueça a canjica com o leite até ameaçar ferver. Junte o leite condensado e os cravos e deixe 5 minutos em fogo baixo. Desligue o fogo e sirva com canela em pó.